terça-feira, 16 de abril de 2024

OBRAS DE 30 ARTISTAS HÚNGAROS SOBREVIVENTES AO HOLOCAUSTO SÃO EXPOSTAS EM BUDAPESTE


Por EURONEWS
 
As recordações desconhecidas do Holocausto: a Hungria está inaugurando nesta data uma nova exposição de 30 artistas húngaros, que sobreviveram ao Holocausto, ilustraram as sevícias que passaram nos guetos, bem como nos campos de concentração e de trabalhos forçados. A maioria das obras foi realizada entre 1944 e 1947.
Desde 2000, o dia 16 de abril é o dia dedicado à memória das vítimas do Holocausto na Hungria. Há 80 anos, em 1944, membros da administração húngara e da polícia húngara, que colaboraram com os ocupantes nazis, começaram a criar neste dia os primeiros guetos e campos de concentração na região da Transcarpácia.

Uma supervisora (Aufseherin) corta os cabelos de uma judia horrorizada

Mulheres judias provavelmente do campo de Birkenau em fins de 1943, quando Dr. Mengele era o médico-chefe do setor das mulheres. Cerca de 7.000 a 20.000 mulheres sofriam de tifo e ele propôs uma "solução radical" para parar a epidemia.

Enfileiradas, as mulheres judias são encaminhadas à câmara de gás por um oficial alemão

A Galeria Nacional Húngara de Budapeste está inaugurando nesta terça-feira (16/04/2024) uma exposição especial de memórias pessoais do Holocausto de artistas húngaros que sobreviveram ao referido genocídio. Nas paredes da galeria ficarão expostas as obras de uns 30 artistas na sua maioria desconhecidos até à data, que foram perseguidos pelos fascistas. 
 
Algumas obras foram feitas nos guetos, campos de trabalhos forçados e de concentração, enquanto outras foram realizadas depois que seus criadores retornaram vivos à casa: o desenho era para eles uma terapia. 
 
As obras são figurativas, quase como desenhos em quadrinhos, não são abstratas, mas sim reflexivas em seu enfoque da experiência do Holocausto, afirma Zsófia Farkas, curadora da exposição. Aqui também poderão ser vistas obras provenientes do estrangeiro, de Israel e da Alemanha. Depois da Segunda Guerra Mundial, muitos artistas deixaram a Hungria e o seu legado artístico ainda hoje se encontra em Israel e penso que é muito importante que possa ser visto aqui na Hungria, acrescentou.
 
As obras se tornaram memórias 
 
Com o passar do tempo, à medida que as memórias dos sobreviventes se desvanecem, estas obras tornam-se também recordações extraordinárias, sublinham os organizadores. 
 
As obras, majoritariamente realizadas entre 1944 e 1947, refutam a afirmação de que falar sobre o Holocausto era tabu depois da guerra. 
 
A exposição estará aberta até 21 de julho. 
 
 

II. AGRADECIMENTO
 
 
O gerente do Blog de São João del-Rei agradece à sua amada esposa Rute Pardini Braga a formatação e edição das imagens utilizadas neste texto.